Enfermeiro Intensivista: Quais são os Conhecimentos, Habilidades e Atitudes necessárias para este profissional?

  • Publicado em 19/05/2017
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A singularidade das organizações hospitalares mundiais tem sido destacada pela assistência à pacientes em situações cada vez mais críticas, que necessitam de respostas individuais e complexas, que atendam às suas necessidades. Dessa forma, o trabalho do Enfermeiro em Unidades de Terapia Intensiva exige competências, habilidades e atitudes dos profissionais que se deparam com as mudanças tecnológicas e exigências do cotidiano, provocando muitas vezes, transformações no seu próprio processo de trabalho.

A temática “competência profissional” tem se constituído, ao longo dos anos, foco de atenção dos Enfermeiros, bem como dos administradores dos serviços de saúde, pois os profissionais de enfermagem representam, em termos quantitativos, parcela significativa dos recursos humanos alocados nas instituições, especialmente nos hospitais, interferindo diretamente na eficácia, na qualidade e no custo da assistência prestada. Logo, a mobilização pelo CHA (Competências, Habilidades e Atitudes) reflete significativamente nos resultados obtidos e na justificativa pela busca do profissional ideal para o trabalho em Terapia Intensiva. Tais situações ocorrem devido ao trabalho ser complexo e intenso, exigindo do Enfermeiro a possibilidade de reconhecer a singularidade, a fragilidade emocional, física e psíquica do ser humano.

No Brasil, os Enfermeiros Intensivistas aprimoram o CHA, por meio da troca de experiências em eventos e programas científicos difundidos e promovidos pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), em território nacional. Para tal condição, o Departamento de Enfermagem da AMIB, em parceria com a Associação Brasileira de Enfermeiros em Terapia Intensiva (ABENTI), tem se destacado e mobilizado encontros, palestras, congressos e atividades focadas na atualização dos profissionais, que vislumbram o desenvolvimento das competências.

Sabe-se que o Enfermeiro Intensivista traz em sua essência o contato com o próximo, seja no exercício da arte de cuidar ou no gerenciamento da equipe e da unidade. Uma vez que resolve conflitos, pratica a equidade na tomada de decisões, norteado pela ética e pela Lei do Exercício Profissional, orientado por condutas e pela busca da participação de seus pares na construção de planos e projetos, atuando como um líder e não chefe.

Com o crescente avanço tecnológico incorporado ao cuidado crítico, torna-se fundamental compreender a necessidade contínua do aprimoramento dos saberes (saber ser, saber fazer e saber agir) articulado à inserção das novas tecnologias em saúde e para a saúde. Neste cenário, a qualificação profissional ocorre elencada ao processo educacional, cujo objetivo é o domínio da linguagem tecnológica e a promoção de uma assistência integral, beneficiando o paciente, seus familiares e o profissional, de maneira segura e isenta de iatrogênicas.

Competências profissionais necessárias ao Enfermeiro de Terapia Intensiva.

  • Conhecimento técnico e científico   
  • Liderança
  • Trabalho em equipe
  • Gerenciamento de seus pares
  • Visão holística do cuidado
  • Habilidades cognitivas
  • Tomada de decisão
  • Humanização
  • Comunicação
  • Iniciativa e atitude
  • Relacionamento interpessoal
  • Comprometimento
  • Raciocínio clínico
  • Responsabilidade
  • Segurança
  • Proatividade
  • Coordenação de diferentes equipes
  • Ética
  • Dedicação e observação
  • Satisfação com o trabalho
  • Controle emocional
  • Saber ouvir
  • Realizar pesquisas
  • Poder de negociação
  • Criatividade
  • Vocação

 

Fonte: AMIB - Associação de medicina intensiva brasileira. Autora: Dr. Renata Pietro - enfermeira intensivista. Presidente da ABENTI e membro do Departamento de Enfermagem da AMIB.